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Capítulo 1
A uma Grande Mesa
Um sonho a vezes não é apenas um sonho.
Imagine uma grande mesa. Rumo ao infinito, onde os limites do horizonte a levam para o desconhecido e sublime céu. Sobre ela repousa um banquete real e nobre de beleza inigualável, como jamais visto ou imaginado. Taças de ouro reluzem, talheres tão límpidos que o próprio reflexo parece ansioso por escapar. Cachos exuberantes de uvas e uma profusão de frutas de todas as espécies adornam a mesa, conferindo-lhe uma abundância e grandiosidade que desafiam a compreensão humana.
Este espetáculo visual é um convite irresistível tanto para os olhos quanto para o estômago. Variedades de carnes e frangos, suculentos e tentadores, ocupam todos os pratos, proporcionando uma experiência gastronômica única. A mesa, em toda a sua magnificência, é um verdadeiro deleite para os sentidos, uma visão que transcende o ordinário.
E sobre essa mesa majestosa, assentam-se seres de toda espécie e origem: jovens e velhos, altos e baixos, magros e gordos, brancos, pardos, amarelos e azuis, representando toda a diversidade da criação. Parecem desfrutar e beneficiar-se do esplêndido banquete que se desdobra diante deles, compartilhando a mesma mesa com igualdade e harmonia.
No ambiente, as conversas giram em torno de um tema unificador, ou melhor, de uma pessoa. Um astro, alguém notável, grandioso e benevolente. Narram suas histórias, seus feitos, e até se vangloriam de trabalhar para ele - o patrão, o chefe.
E ali estava eu, um jovem comum, sem grandes perspectivas de vida ou futuro, descontente com a religiosidade predominante no mundo e nas igrejas. Eu me via em uma busca por algo mais, ansiando pela revelação de algo mais profundo em minha própria existência. Um significado real.
Ao focalizar o prato à minha frente, deparo-me com uma peça deslumbrante de prata, no centro a destacar um suculento peito de frango, "minha carne favorita", convidando-me a dar a primeira garfada e saboreá-lo. "Hmm". Fascinante, o melhor pedaço que já experimentei em toda a minha vida, sem sombra de dúvidas.
Virando meu olhar para a esquerda, contemplo uma mesa que parece não ter fim, ocupada por pessoas em ambos os lados. Ao me voltar para a direita, percebo que sou o quarto em uma fileira que aparentemente se estende desde o meu lado.
Um jovem peculiar em sua aparência, desprovido de beleza convencional, veste um terno surrado e visivelmente antigo, ocupando a ponta da mesa. Seu olhar é cativante, emitindo um sorriso mais do que convidativo, como se estivesse aberto para qualquer um que se aproximasse e iniciasse uma conversa. No entanto, logo se torna evidente que isso não está acontecendo, pois ninguém parece lhe dar atenção. No entanto, paira no ar a sensação de que ele é o assunto principal da mesa.
Senti-me desconfortável com a falta de interação em relação ao jovem na ponta da mesa. Surpreendeu-me o fato de ele usar uma roupa tão diferente e aparentemente quente para um momento que sugeria um almoço de verão, onde todos optam por roupas leves. Indaguei-me se isso seria o motivo pelo qual ninguém se dirigia a ele.
Levantando-me apressadamente, decidi cumprimentá-lo e iniciar uma conversa. Avançando em sua direção, percebi um sorriso surgir em seu rosto ao notar minha abordagem, cumprimentando-o firmemente pela mão. Antes que eu pudesse articular qualquer palavra, ouvi sua voz dizer:
"Algumas pessoas vão ter visões aqui nessa mesa agora."
Em um instante, percebi que o local onde ele estava sentado se transformara. Pessoas moviam-se rapidamente ao fundo, como se estivessem em um quarto escuro, ou melhor, uma sala escura com as luzes apagadas. Eu já não estava mais na mesa; encontrava-me em uma casa.
Nessa casa, as pessoas estavam engajadas em oração, numa vigília típica realizada por grupos na igreja, ou pelo menos era o que deveria ser. No entanto, algo parecia não se encaixar. Aqueles em pé caminhavam de um lado para o outro, proferindo orações em voz alta, enquanto alguns de joelhos no chão simulavam a oração, tentando enganar os demais presentes. Suas palavras não transbordavam de adoração ou autenticidade, assemelhando-se mais a um teatro coletivo onde todos desempenhavam um papel.
Sentindo-me incomodado com a situação, adentrei um dos quartos. Deparei-me com uma jovem vestindo uma camiseta de rock and roll, apontando o dedo acusador para alguns rapazes em torno de uma mesa, jogando truco, desfrutando de comidas e bebendo cerveja. A garota, em sua peculiar forma de oração, parecia realizar algum tipo de exorcismo, proferindo palavras de repreensão ou algo similar. O contraste entre as duas cenas, uma supostamente de devoção e a outra de diversão mundana, gerou uma dualidade intrigante e desconcertante.
Ao perceber que algo estava errado, que aquele não era o momento nem o local apropriado para tais comportamentos, decidi repreendê-los. Minhas palavras de reprovação os incomodaram, levando-os a me expulsar da casa com maldições. Lá fora, a neblina da madrugada envolvia as ruas e as demais casas. Sentindo uma urgência de orar, concluí que aquele local não era o adequado e saí em direção à rua.
Para minha surpresa, deparei-me com um menino conhecido por sua devoção a Deus e suas longas orações. Ao convidá-lo para orar, descobri que ele havia saído de outra casa de oração onde as pessoas apenas simulavam a oração, sentindo-se incomodado e decidindo partir.
Dobramos os joelhos no meio da rua e começamos a orar fervorosamente, eu e ele. Enquanto orávamos, experimentamos uma sensação única de levitação, ascendendo rapidamente em direção ao céu. Olhando para baixo e percebendo a altura que atingíamos, o medo nos fez interromper a oração. Iniciamos uma queda livre em direção a um impacto iminente, quando repentinamente tudo escureceu, e eu me vi de volta à grande mesa.
Ao voltar, notei o pedaço de frango o qual tinha saboreado, ainda intacto, como se nunca tivesse sido tocado, observei toda a abundância ao meu lado esquerdo e as pessoas que discutiam sobre alguém. Percebi que o tema da mesa era Jesus. Em questão de segundos, compreendi que a pessoa que eu planejava cumprimentar era Ele. Antes que eu pudesse virar meu pescoço para olhá-lo à direita, conforme esperado, percebi que Ele estava de pé do outro lado da mesa, caminhando.
Seu olhar, lançado de lado enquanto caminhava lentamente, parecia um convite. Sem hesitar, pulei em cima da mesa, derrubando tudo ao redor e escandalizando algumas pessoas presentes. Ignorando suas opiniões, corri em direção aos pés de Jesus, com lágrimas nos olhos, o coração ardendo de amor, gritando: "Te amo, Jesus! Eu te amo, Jesus!”
Despertando em minha cama, percebi que minhas lágrimas testemunhavam um choro profundo, como o de uma criança.
Uma sensação de abraço celestial e sobrenatural persistia, uma experiência que eu desejava que nunca terminasse. Consciente de que aquele era um sonho divino, compreendi que sua mensagem era um poderoso aviso para algo ainda desconhecido, algo que se desdobrava no mundo e na Igreja.
Profundamente impactado pela magnitude da revelação daquele dia, imediatamente anotei o sonho em um caderno à minha cabeceira. Como alguém acostumado a sonhos proféticos, sempre registrava minhas visões ao despertar, sabendo que, com o passar do tempo, as nuances se desvaneceriam na memória.
Dentre os inúmeros sonhos significativos que o Senhor me concedeu, os quais um dia compartilharei em outras obras, este se destacou como uma mensagem particularmente profunda e profética para o tempo em que vivemos.
Desejo compartilhar as lições que o Senhor me ensinou a respeito desse sonho, revelar o alcance dessa mensagem e como podemos interpretá-la à luz da Bíblia e da palavra divina.
Antes de embarcarmos no próximo capítulo deste belo livro, é imperativo mencionar que Deus me convocou a escrever estas palavras que você agora lê. Considero isso como um dos maiores propósitos da minha vida: oferecer este livro como uma dádiva eterna a Ele. Qualquer lucro proveniente das vendas será destinado como dízimo e oferta para igrejas, hospitais, instituições de caridade, idosos e onde o Espírito Santo direcionar, sem nenhum benefício pessoal, mas para o avanço do Evangelho.
Quando o Senhor me instigou a escrever este livro, não hesitei em fazê-lo o mais rápido possível. Ao criar o primeiro título, a presença do Espírito Santo me envolveu de tal forma que precisei pausar as palavras e me prostrar em Sua presença, entre lágrimas, alegria e regozijo. Eu O amo mais do que tudo nesta terra, Sua presença é inestimável para mim, e constantemente O chamo de amigo. Estou convencido de que, ao ler este relato, você, onde quer que esteja, já está sendo tocado pela doce presença dEle. Pois Ele está aqui agora, comigo, guiando cada palavra escrita.
E antes de prosseguir para o próximo capítulo, encorajo você a proclamar em voz alta:
"Seja bem-vindo, amigo. Esteja aqui comigo também."